O primeiro Polonês que chegou ao Brasil, foi almirante Krzysztof Arciszewski (1629-1639) que serviu aos holandeses. No começo do século XIX aportaram no Brasil ex-soldados napoleônicos e participantes das insurreições polonesas. Eram pessoas com diplomas, atraídas de Europa para o Brasil através de vários contratos. Muitos deles, também os filhos deles e descendentes galgaram altas posições, com p.ex. a família Trompowski, da qual saiu marechal do exército no séc. XIX e ministro da aviação no séc. XX. História do Brasil registra no séc. XIX os engenheiros como: Brodowski, Babinski, dr. Czerwinski, família Rozwadowski.
No ano de 1867 veio para o Brasil, via Buenos Aires, Sebastian Wos Saporski. Das suas conversas com Pe. Zielinski, que participou na excursão do príncipe Maximiliano do México, surgiu a idéia, imitando os Alemães, de trazer os Poloneses para a região do Paraná. A proposta encontrou grande resistência por parte dos Alemães. Mesmo assim, depois da audiência concedida ao Saporski e ao Pe. Zielinski pelo Imperador, a questão polonesa teve o resultado positivo e em abril de 1871 o Conselho da Cidade de Curitiba cedeu à disposição dos imigrantes poloneses um terreno perto da cidade.
Saporski recebeu os Poloneses, que chegaram em 1869 da Alta Silésia, no navio Victória e viviam miseravelmente entre imigrantes alemães em Santa Catarina. Assim surgiu a primeira colônia polonesa no Brasil, chamada Pilarzinho. Daquele momento em diante começaram as levas dos agricultores poloneses, que foram atraídos pelas promessas de receber a terra de graça com a ajuda na organização de agricultura. Em muitos casos, os emigrantes abandonados pelos sponsores das agências colonizadoras, nas condições precárias, assentavam-se em novos lugares. Hoje depois de cem anos estes lugares tornaram-se um exemplo na agricultura.
Brasil teve duas grandes levas de emigrantes da Europa. Uma no fim do séc. XIX, - outra no começo do séc. XX, que foram chamadas "a febre brasileira". Chegaram então para o Brasil milhares de emigrantes da Polônia – geralmente das regiões e vilas superlotadas. Atrás dos emigrantes vinham os padres poloneses, que ajudavam-nos não só no campo espiritual mas, com seu conhecimento e experiência, na organização de muitas obras frutuosas. Com o tempo os emigrantes poloneses estabeleceram-se e junto com a estabilidade surgiram novas necessidades assim como: igrejas, escolas, a palavra escrita. Curitiba tornava se o centro intelectual dos poloneses, irradiando a cultura para todo grupo étnico polonês. Surgiram escolas polonesas, organizações polonesas e bibliotecas.
A primeira associação polonesa denominada Sociedade Tadeusz Kosciuszko foi fundada em 1890, e primeiro jornal polonês "Gazeta Polska w Brazylii" surgiu em 1822. No começo do séc. XX foram construídas numerosas escolas polonesas em Curitiba, onde prosperaram muitas organizações polonesas e editoras, constituiu-se a capital, não oficial, dos Poloneses no Brasil.
A conquista da independência pela Polônia em 1918 foi aclamada com alegria pelos poloneses no Brasil. Em 1921 Kazimierz Gluchowski assumiu o consulado polonês, tornando-se o primeiro cônsul, o primeiro diplomata polonês na América Latina. A vida polônica prosperou muito, desenvolviam-se as organizações polonesas, escolas, foram editados jornais, os contatos com a pátria foram cada vez mais fortes, aumentava o número de padres e de igrejas.
Chegou porém o tempo de governo do Vargas, os decretos nacionalistas dele foram um duro golpe à todas as organizações dos imigrantes e às polonesas também. Por muitos anos os Poloneses permaneciam como numa espécie de letargia. Algumas possibilidades de atividades surgiram depois da II Guerra Mundial. Sob auspícios da Cruz Vermelha os Poloneses ajudavam a Polônia sob julgo da ocupação inimiga. Muitos homens foram lutar sob comando de gen. W. Sikorski. Depois da guerra a vida polônica no Brasil ainda continuava numa espécie de apatia. No entanto a vida das organizações ressurgia. Depois do cardeal Karol Woityla assumir o trono de Pedro, houve um despertar do sentimento polônico em todos recantos do mundo onde moravam os Poloneses e seus descendentes e também no Brasil. Começaram a ressurgir organizações e aparecer novas. Agora os Poloneses no Brasil gozam de grande respeito no governo estadual e federal. Muitos brasileiros de descendência polonesa galgam altos postos no governo e na política.