No dia 1° de março de 1927, a Sociedade União Polonesa (Zwiazek Polski) havia assumido o compromisso de manter às suas próprias custas uma escola de nível médio, para a qual matricularam-se 62 alunos. A direção da escola fora entregue ao Padre Julian Drapiewski, pessoa culta e familiarizada com pedagogia.
Entre as várias matérias ministradas na escola, o ensino da língua portuguesa foi entregue ao Prof. Nicéforo Modesto Falarz, que desde o início conseguiu a simpatia dos alunos. Devido ao progresso que se verificara na educação, no ano seguinte a escola recebeu a denominação oficial de "Colégio Henrique Sienkiewicz". Em 1925, o programa do colégio era o seguinte: Religião - a cargo do Pe. Trzebiatowski; Língua Polonesa - ensinada pelo prof. Glodowski; Matemática, Ciências, Língua Portuguesa, História e Geografia do Brasil - Prof. Falarz; Matemática, História da Polônia, Geografia e História Geral - Prof. Konstany Lech. O número de alunos subiu para 30.
Em vista dos inconvenientes que oferecia para o desenvolvimento da Sociedade União Polonesa, foi decidido afastar o colégio do recinto da "União Polonesa". Para tanto, a diretoria desta entrara em entendimento com a Sociedade Tadeusz Kościuszko, em cujo prédio havia bastante espaço, adequado para o aproveitamento de uma escola. O entendimento baseou-se no seguinte: A Sociedade Tadeusz Kościuszko daria abrigo na sua sede, o pleno funcionamento do colégio, e em troca a "União Polonesa" cederia gratuitamente seu salão para os bailes e festas dos sócios da organização. A duração deste convênio durou 10 anos. Como ambas as partes concordaram sem maiores delongas, no ano letivo de 1927 o colégio iniciara na Sociedade Tadeusz Kościuszko. Não é necessário afirmar que o entendimento foi feliz e proveitoso para a coletividade polonesa. A "União" ficava livre dos bancos escolares, que era necessário sempre deslocar para afastá-los antes dos bailes e festejos, frequentemente realizados, e a Sociedade Tadeusz Kościuszko se beneficiava com o novo salão e dependências, que eram mais amplas do que as próprias e ofereciam as vantagens de serem mais acessíveis ao público em geral.
A diretoria do colégio compunha-se das seguintes pessoas: Presidente - Stanislaw Wolski; Supervisor - Jan Faucz; Fiscais: Boleslaw Mizerkowski; Tesoureiro - Tomasz Porath; Diretor do Patrimônio - Pe. Stanislaw Trzebiatowski; Secretários - Konstanty Lech e Nicéforo Modesto Falarz.
O programa escolar obedecia a seguinte ordem:
A cargo do prof. Falarz (em português): Português, História do Brasil, Geografia do Brasil, Ciências, Geografia Geral e Matemática.
A cargo do prof. Elias Metynowski (em poruguês): Comércio, Contabilidadee, Datilografia e Caligrafia.
A cargo do prof. K. Lech (em polonês): Língua Polonesa, História da Polônia, Geografia, Polônia Contemporânea, Geometria, Álgebra, Física e Química.
A cargo do Pe. St. Trzebiatowski (depois Pe. St, Piasecki - em polonês): e duas horas semanalmente de religião.
Concluídos os estudos, os alunos eram levados para a Escola Normal e lá submetidos a prestarem exames, de acordo com a exigência daquele estabelecimento de ensino oficial. Uma vez aprovados, recebiam o direito autorizado de lecionar nas escolas nacionais.
Em 1931, haviam sido matriculados no colégio 57 alunos, dos quais frequentaram apenas 47. Apenas 10 alunos Receberam diplomas de conclusão de estudos (3° ano). Neste ano, foram introduzidas as matérias relacionadas com a música, canto, encadernação de livros e trabalhos manuais. A biblioteca do colégio contava com 1.200 volumes de obras de ficção e didáticas.
Em 1933, leciovam no colégio os seguintes professores: N. M. Falarz, Emília Wójcik, Wanda Domanska, M. Lukasiewicz, M Swidurski, Szczygiel, Jackowski e Wlodzimierz Radomski. Este último, exercia, também, a função de diretor.
Com a construção do prédio do "Centralny Zwiazek Polaków w Brazyili" (Associação Central dos Poloneses no Brasil), à Rua Carlos de Carvalho, 369, no ano de 1936, e anexo o internato, o colégio passou para o controle dessa organização. O colégio possuía agora salas amplas para as aulas, uma espaçosa biblioteca, laboratório para pesquisas químicas e físicas e numeroso corpo de professores experimentados. O ano de 1937, foi o último ano de seu funcionamento. A duração de ensino - quatro anos. Sua finalidade principal - a preparação de professores para os núcleos coloniais, no interior dos três estados do sul.
Podemos afirmar, com consciência tranquila, que a Sociedade sempre foi fiel aos seus princípios, assumidos na época de sua fundação, de contribuir, para a elevação da moral dos poloneses e seus descendentes, para o seu desenvolvimento cultural, para a educação da juventude e, o que é de suma importância, zelar pelo bom nome do polonês.